Desenho: Filipe Santos, 5º B
De Lisboa partiam barcas, caravelas, naus, galeões, galeaças ...
As viagens duravam em média 6 meses em cada sentido, todavia podia decorrer até ano e meio se fosse necessário. Coincidiam quase sempre com a altura Pascal, e caracterizavam-se, por serem viagens longas e austeras, em que as condições de navegação mudavam continuamente. O espaço era pouco, onde se amontoavam pessoas, cargas e animais vivos.
Desenho: Ana Beatriz, 5ºBQuem ia a bordo das naus e caravelas?
Cargos | Tarefas |
Capitão-mor ou comandante | Comandava a armada. |
Capitão | Cada nau da armada tinha um capitão e todos obedeciam ao capitão-mor. |
Piloto | Traçava as rotas usando bússola, quadrante, astrolábio. Dava instruções ao homem do leme. Também lhe competia fazer o diário de bordo. |
Mestre | Chefiava a tripulação |
Marinheiros | Içavam e arreavam velas, lançavam âncoras, deitavam os botes ao mar, etc. Alguns tinham profissões especializadas como carpinteiros, timoneiros ou homens do leme, trinqueiros ou especialistas em consertar velas. |
Grumetes | Eram rapazes de dez ou doze anos que embarcavam para aprender a profissão de marinheiro. |
Cirurgião-barbeiro | Tratava doentes, cortava cabelos e barbas. |
Padre-capelão | Dizia missa, confessava, organizava cerimónias religiosas. |
Despenseiro | Tomava conta da despensa e distribuía os alimentos. |
Escrivão | Fazia os registos escritos sobre a carga, compras, vendas, impostos do rei. |
Condestável | Chefe dos militares. |
Bombardeiros | Disparavam os canhões. |
Soldados | Lutavam com espadas ou armas de fogo. |
Funcionários | Homens que não tinham tarefas a bordo. Iam como passageiros para ocuparem cargos ao serviço do rei nas terras descobertas. |
Durante o dia:
Cada um desempenhava as suas tarefas, faziam-se turnos para descansar, para comer, para participar das cerimónias religiosas. Quando o mar estava calmo e as horas livres se multiplicavam, organizavam-se teatros, procissões, jogos, touradas simuladas.
Durante a noite:
Dormia-se por turnos. Havia sempre alguém de serviço ao relógio de areia – a ampulheta – para não perderem a noção do tempo.
Como não havia casa de banho, os homens faziam as necessidades num balde que despejavam no mar. E como não existia nada que se parecesse com papel higiénico, usava-se sempre uma corda que estava sempre suspensa e com a ponta desfiada dentro de água. Quem precisasse puxava o “pincel encharcado”, limpava-se e repunha-o no seu lugar.
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