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domingo, 22 de maio de 2011

A vida a bordo das naus


Desenho: Filipe Santos, 5º B

De Lisboa partiam barcas, caravelas, naus, galeões, galeaças ...

As viagens duravam em média 6 meses em cada sentido, todavia podia decorrer até ano e meio se fosse necessário. Coincidiam quase sempre com a altura Pascal, e caracterizavam-se, por serem viagens longas e austeras, em que as condições de navegação mudavam continuamente. O espaço era pouco, onde se amontoavam pessoas, cargas e animais vivos.

Desenho: Ana Beatriz, 5ºB

Quem ia a bordo das naus e caravelas?

Cargos

Tarefas

Capitão-mor ou comandante

Comandava a armada.

Capitão

Cada nau da armada tinha um capitão e todos obedeciam ao capitão-mor.

Piloto

Traçava as rotas usando bússola, quadrante, astrolábio. Dava instruções ao homem do leme. Também lhe competia fazer o diário de bordo.

Mestre

Chefiava a tripulação

Marinheiros

Içavam e arreavam velas, lançavam âncoras, deitavam os botes ao mar, etc. Alguns tinham profissões especializadas como carpinteiros, timoneiros ou homens do leme, trinqueiros ou especialistas em consertar velas.

Grumetes

Eram rapazes de dez ou doze anos que embarcavam para aprender a profissão de marinheiro.

Cirurgião-barbeiro

Tratava doentes, cortava cabelos e barbas.

Padre-capelão

Dizia missa, confessava, organizava cerimónias religiosas.

Despenseiro

Tomava conta da despensa e distribuía os alimentos.

Escrivão

Fazia os registos escritos sobre a carga, compras, vendas, impostos do rei.

Condestável

Chefe dos militares.

Bombardeiros

Disparavam os canhões.

Soldados

Lutavam com espadas ou armas de fogo.

Funcionários

Homens que não tinham tarefas a bordo. Iam como passageiros para ocuparem cargos ao serviço do rei nas terras descobertas.

Durante o dia:

Cada um desempenhava as suas tarefas, faziam-se turnos para descansar, para comer, para participar das cerimónias religiosas. Quando o mar estava calmo e as horas livres se multiplicavam, organizavam-se teatros, procissões, jogos, touradas simuladas.

Durante a noite:

Dormia-se por turnos. Havia sempre alguém de serviço ao relógio de areia – a ampulheta – para não perderem a noção do tempo.

A higiene:

Como não havia casa de banho, os homens faziam as necessidades num balde que despejavam no mar. E como não existia nada que se parecesse com papel higiénico, usava-se sempre uma corda que estava sempre suspensa e com a ponta desfiada dentro de água. Quem precisasse puxava o “pincel encharcado”, limpava-se e repunha-o no seu lugar.