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quinta-feira, 31 de março de 2016

O Hino Nacional

João 6º A

A escola durante o Estado Novo


A Mariana trouxe para a aula os cadernos do seu pai:
 







D. Manuel II

Frederico e Tomás 6ºA
O último rei de Portugal













segunda-feira, 14 de março de 2016

Ditadura


O avô da Daniela Machado esteve em Angola durante a Guerra Colonial...















O tio-avô da Isabel esteve em Angola durante a Guerra Colonial...










A Isabel Furtado do 6º F escreveu este poema...

Muita revolta e medo
e as pessoas com tanto segredo
oh, mas porquê Salazar
que quando de ti falavam
à prisão ias parar

Ai que grande solidão
ser preso pela PIDE
mesmo com razão
Ai que grande tristeza
A situação portuguesa

Na guerra colonial
houve mortos, retornados,
mutilados e desaparecidos
só para defender Portugal
nesses territórios conhecidos

Quem não comia
de fome morria
com tanta miséria
com tanta miséria
que na Ditadura era tão séria


Durante a ditadura

houve muita tortura
Falta de liberdade e egoísmo
Também houve muita censura
E algum heroísmo

A falta de dinheiro
A todos chegava
Havia cansaço
E muita raiva

E muito sofrimento
Trouxe a Guerra Colonial
Revoltas e Maldades
Estava tudo mal

Sofia Couto, 6º D


No tempo da ditadura
Havia só ladrões
Todos em tortura
Graças à censura

Rodrigo Dias, 6º D


Com muita tristeza
Com grande egoísmo
Mas há no mundo fortaleza
Será que temos disso?

Tanta coisa a acontecer
Tanta gente a nada comer
Temos de pensar o que fazer

Tanta falta de dinheiro
Em casa há a miséria
O sofrimento
Gente que não aguenta

Bianca Pereira, 6º D


No tempo da ditadura
Havia muita tristeza
Havia a censura
E também muita tortura

A falta de dinheiro
A todos chegava
Havia fome
E até ao ladrão se roubava

A guerra colonial
Muito sofrimento causou
Levou consigo muita gente
Que nunca mais regressou

O povo chorava
Cansado dessa mágoa
Alguém se lembrou
E uma revolta causou

Com os militares
Acabou a Ditadura
Acabou a Censura
E a Liberdade voltou

Ana Francisca Leite, 6º D


Ditadura de Salazar

A miséria, o povo a chorar
Censura imposta
Tortura, medo e gente morta

A tristeza reinava
A escravidão permanecia
Todos saboreavam o que recebiam

Roubos, ladrões, prisioneiros
Militares, soldados, recrutas
Feridos, retornados

Ivo Viveiros, 6º E


Dinheiro que não havia
Ida dos militares
Traidores
Almas mortas em combate
Desaparecidos
União de traidores-PIDE
Respeito por Salazar
Acaba a ditadura a 25 de abril de 1974

Maria Tomé, 6º E

Um dia começou a ditadura
Com a censura
Todo o povo a chorar
E o governo a gozar

Um dia começou a ditadura
Logo a seguir a tortura
Muito medo e tristeza
Escravidão com toda a certeza

Militares nas guerras
Mortos e feridos
Dos dois lados
Colónias e Portugal

Muitos retornados
Sem dinheiro
Começar a vida do zero
Para sobreviver

Bernardo Ventura, 6º E



 DITADURA!!!

Muitos mortos
Muitos presos
Mas que pecados
E estão sempre calados

Muita miséria
Muita tristeza
Que pecados
E estão sempre calados

Muito medo
Muito desespero
Mas que pobres coitados!

Joana Botelho, 6ºA

PIDE!!!
Morremos de medo
CALADOS
Na miséria e revoltados
Nem nos jornais
Nos podemos expressar
Pois a censura está a verificar
Muitos jovens vêm feridos
E Salazar
Sem uma folga dar
A independência a recusar
A guerra que se está a causar


Tatiana Pereira, 6ºA



Eles deixam medo
Eles deixam guerra
Eles deixam morte
E é a pide

Eles deixam fome
Eles deixam a revolta
Deixam a miséria
E é a pide

Eles fazem censura
Solidão
Tristeza
E é a pide


Luís Motty, 6º F


Eles eram obrigados
A ficar calados
Não se podiam defender
Eram amarrados
Podes crer
Alguns falavam mal
De Salazar
E o que a pide queria
Era matar
À noite, ao luar
Andavam pela rua
Pessoas com medo
Pessoas a prender


José Rodrigues, 6º F

Sempre na fome, sempre na miséria
A solidão do nosso coração
A tristeza dos mutilados
Está tudo acabado, está tudo acabado

A pide a perseguir
Pessoas inocentes tentam escapar
Está tudo acabado, está tudo acabado

Sem paz, em desastre
Desaparecidos
Está tudo acabado, está tudo acabado

A censura, a morte
Os gritos
A desilusão pelas ruas a vaguear
Está tudo acabado, está tudo acabado

Beatriz Afonso, 6º F


Que sentimentos?
Só solidão
Andam pela rua
Como se estivessem na prisão

Tantos mortos
Tantos feridos
Muitos desaparecidos

Tanta tristeza
A viver na pobreza


Mariana Lopes, 6ºF

sábado, 12 de março de 2016

Como era a vida antes da Revolução de Abril?




“Vida antes do 25 de abril de Maria Ledo”


Alimentação

Comia-se sopa de feijão e sopas de peixe e de carne, acompanhadas de muita couve. Também o feijão com chouriço, morcela e carne era muito comum nas mesas. Havia também pratos preparados com ervilha, fava e ovo. A canja de galinha caseira era muito boa. Outro prato bastante apreciado era o bacalhau com batata, couve, ovo e grão-de-bico. Como sobremesas era habitual ter arroz doce, massa sovada e bolos feitos em casa.

Vestuário
Usavam-se sapatos de saltos altos, de cunha ou de plataforma e botas de cano alto. A roupa era colorida. As calças eram à boca de sino ou muito apertadas. As saias eram travadas, de balão ou muito curtas, as chamadas minissaias. Usavam-se as blusas de gola alta ou com folhos. Os casacos de pele, compridos, gabardinas e capas eram bastante populares. Havia quem gostasse de usar chapéus de gorros.
Habitação
As casas tinham quartos de dormir e de estar. A cozinha tinha um forno de lenha e o fogão também o era. Nos quartos de dormir, as camas eram feitas de madeira com relevos. No quarto de jantar, os móveis tinham tampos de mármores, espelhos e as portas tinha vidros trabalhados.
Divertimentos
Ia-se ao teatro, ao cinema e também a lugares onde se podiam dançar. Os jogos mais praticados eram o “Queimado” e o andebol. Também se passeava, conversava-se e namorava-se.
Brinquedos das Crianças
A mãe fazia bonecos de pano com cabelos de lã. Já as bonecas eram feitas de trapos e as cabeças eram de loiça. Como presente de natal as meninas gostava de receber uma máquina de costura pequenina. As meninas gostavam muito de aprender com a mãe a fazer roupa, crochet e malha.
                                                                                                                             Rodrigo  Furtado, 6ºG
 



A vida no tempo dos meus avós
(testemunho da minha avó) 

·         Vestuário:

O que eu vesti naquele tempo era vestidos e saias rodadas que a minha mãe fazia em casa. Para a escola por cima da roupa usava uma bata branca e um laço na cabeça. Para a missa usava um véu.

·       Calçado:

Quando eu ia para escola no verão calçava tarolas de madeira e no inverno sapatos mais velhos.

·      Brinquedos:

Eu brincava com bonecas feitas de trapos que a minha mãe fazia em casa. Quando era pelo Natal, quando havia mais dinheiro a minha mãe comprava bonecas nuas e fazia lindas roupas para ela.

·       Alimentação:

A minha mãe costumava fazer sopas de feijão e favas. Peixe assado no forno com pão de milho feito em casa. Com o resto da massa do pão fazia bolinhos. No Natal comíamos ervilhas com galinha criada em casa, saborosos biscoitos feitos no forno de lenha, figos passados e alfarrobas.

·      Habitação:

  A casa era pequena apenas com um quarto, uma cozinha e uma falsa. A cozinha era de chão terreiro, com um forno de lenha e um pial de cimento. O quarto era de chão de madeira. A falsa era de madeira e nós todos dormíamos lá. Não havia casa de banho tínhamos que ir lá fora, numa retrete de madeira.

·      Brincadeiras:

   Eu jogava à corda, brincava às comadres, fazia- se retalhos, tapetes de estrelas e as minhas próprias bonecas.

·      Conclusão:
   Antigamente brincava-se mais ao ar livre, interagia-se com a família, agora estes miúdos estão sempre nas redes sociais, na Internet e no computador. Isto só prejudica a saúde deles, neste aspeto prefiro os meus tempos antigos que se fazia tudo à mão e não com essas tecnologias de agora.

Ana Francisca, 6º D 

ANTIGAMENTE ERA ASSIM... 

Nome da minha avó: Norbina Carvalho


A alimentação- era sopas, peixe, feijão, alguma carne… (havia mais fome do que agora)



O vestuário era pobre: saias, blusas, casacos de malha…

No calçado havia galochas, sapatos…

A casa era pobre e pequena, com três divisões (dois quartos e uma cozinha) estava pintada (uma parte de madeira e outra de cimento).

Os divertimentos são: estar na escola , pular à corda, jogar às pedras, brincar de trapo e loucinhas de barro.

Havia rebuçados de açúcar queimado, amêndoas…



                                                                                                                              Inês Carvalho, 6ºE



Entrevistado: Cristiano Alves (o meu avô paterno)
Entrevistadora: Maria Alves
O que era que o avô comia?
Comia mais sopa e chicharros e só pelas festas comia carne
Como é que se vestia?
Roupinhas que se comprava a fazenda e depois fazia-se em casa a roupa.
O que calçava?
Botas de trabalho e ao domingo é que era sapatos.
Como era a sua  1 casa?
Tinha 1 quarto,1 cozinha e 1 falsa (tipo um sótão). 
Como é que o avô se divertia ?
Ouvia rádio, não havia televisão .
Quais eram os seus brinquedos?
A gente é que fazia uns carrinhos com caixas de esferas.

Curiosidades:
O meu avô foi para a guerra do Ultramar ou para a guerra colonial:

Como foi o 1 dia ? :
Chegamos à Guiné  ficamos no quartel para recebermos os armamentos.
Qual foi o dia mais marcante durante a guerra ? :
Foi o dia que morreram 4 companheiros.
Como foi último dia? :

Fomos a cantar no barco quando viemos embora a música "Adeus Guiné". 

 Esta é uma parte de uma página de um livro sobre os combatentes da Guerra do Ultramar que fala sobre o meu avô: 



CONVERSA COM A MINHA AVÓ

     A minha bisavó chama-se Maria do Céu. Tem 81 anos, nasceu na Ribeira Grande, numa rua ao lado da ribeira, da casa dela via-se o relógio da câmara, aprendeu as horas nele, porque não foi à escola, não sabe ler nem escrever, teve de trabalhar muito cedo, assim a vida o exigiu.
O pai era casado pela segunda vez, a primeira mulher morreu muito doente, nunca soube do que foi, tornou-se a casar com a minha trisavó e tiveram 3 filhas. Minha bisavó conta que o pai naquela altura no princípio da vida tinha padrões de vida dentro dos razoáveis.
Meu trisavó chama-se Manuel Cabral (Manuel dos carrões, era assim mais conhecido) o porquê deste nome? Ele comprou uma carroça e cavalos e começou a fazer o transporte das pessoas, para a cidade de Ponta Delgada, diz que os caminhos eram terreiros cheios de buracos e que levava muito tempo de viagem. Mas teve um dia que chegou a primeira camioneta, foi a desgraça dele, já ninguém queria o Manuel dos Carrões, porque levava muito tempo.
 Passou a fazer o transporte dos funerais, mas não era a mesma coisa ficou doente devido à peste negra, acabou por morrer.
Há uns anos na RTP-Açores falaram dele, ficou tão feliz a única filha a ouvir a história dele.
Conta que se lembra da 2ª guerra mundial, de ver as janelas das casas tapadas com lençóis para os pilotos dos aviões que sobrevoavam não vissem as luzes, assim não atacavam. Os candeeiros a petróleo, quando ouviam o barulho os aviões, eram logos desligados.
 O pão era feito em casa, não havia frigorífico, carne só se comia ao domingo e era uma senha que o padre dava para a mãe ir buscar.
 A mãe da minha bisavó era lavadeira, ia para a ribeira com as suas filhas lavar roupa das pessoas ricas, por cada peça ganhava 2 centavos.
Vira-se ela para mim as nossas ilhas estão protegidas dos ataques, são abençoadas, vão ser perseguidas, mas nunca atacadas.”
Perguntei-lhe sobre o Salazar e começou a contar…
 Que também foram tempos difíceis, o Salazar tinha muitas regras era exigente demais.       

Frederido Furtado, 6º A

       A vida antes do 25 de abril



       Eu sou a tia-avó do João Pedro. Nasci no ano de 1943. Vivi numa altura em que a pobreza era muita e generalizada. Éramos todos muito pobres. A minha mãe teve 12 filhos e o meu pai morreu muito novo. Não tínhamos eletricidade nem água em casa. A luz que nos iluminava era a luz do candeeiro de petróleo e a nossa roupa era lavada em pias que ficavam ao pé da igreja. Íamos muito cedo para lá para apanharmos lugar. A minha mãe cozia pão num forno de lenha e toda a semana se comia daquele pão. Não tínhamos comida como agora comíamos era o que a terra dava e o que a minha mãe trazia para casa depois de trabalhar um dia todo. Era quase sempre sopa de couve com batata ou sopa de feijão que comíamos com pão e também muitos chicharros assados no forno que a minha mãe comprava com os ovos das galinhas. Passávamos muita fome.
        Só tínhamos uma roupa para vestir ao domingo e a maior parte do tempo andávamos descalços. E à maneira que íamos crescendo a nossa roupa passava para o irmão mais novo.
        A nossa casa era muito velhinha feita de pedra e o chão era de terra batida. Tínhamos um quarto onde os pais dormiam e uma cozinha com um forno a lenha e uma falsa onde dormia eu os meus irmãos em camas que eram feitas de folhas das massarocas de milho. Muitas noites passávamos muito frio pois não tínhamos cobertores para todos.
        Nós não tínhamos brinquedos brincávamos com aquilo que víamos. Fossem os carrilhos das massarocas, que os meus irmãos habitualmente transformavam em carros, quer com bonequinhas feitas de pano que a mãe carinhosamente fazia ao serão.
        A nossa vida era muito diferente, não tínhamos liberdade, não falávamos sobre política nem tínhamos direito a reclamar de nada. Vivíamos debaixo do medo da polícia que nos castigava caso reclamássemos de qualquer coisa. Na escola não tínhamos papel nem caneta, escrevíamos numa pedra preta com um pau parecido a giz, e a professora batia-nos sempre que não fizéssemos as coisas certas. Não podíamos reclamar porque se não ainda levávamos mais em casa. A vida era muito dura, muito difícil, mas as pessoas era muito amigas uma das outras. As vizinhas conheciam-se todas e ajudavam-se naquilo que podiam. Nós brincávamos na rua sem medo de carros ou que alguém nos fizesse mal. As portas das casas ficavam abertas e ninguém roubava nada a ninguém. E havia uma coisa muito importante e que hoje não há que é o respeito pelas pessoas mais velhas. Hoje a vida e muito mais fácil, há muito mais comida, mais roupa, mais saúde. Mas ao mesmo tempo as pessoas são muito egoístas. O 25 de abril trouxe muitas coisas boas , mas muitas delas as pessoas não souberam aproveitar.


A tia do João Lopes
                                                                         Alda Margarida, 73 Anos




Entrevistadoras: Mariana e Catarina, 6ºA
Entrevistado: Manuel Raposo

A alimentação antes do 25 de abril era à base de couves, nabos, cenouras, batata doce e batata da terra. Também havia a galinha traseira que só se comia aos domingos ou em dias de festas, também havia porcos que se criavam em casa para ter conduto para se comer no inverno e havia o chicharro que era o peixe que mais havia e que se comia com pão de milho cozido em casa.
Já o pão de trigo da padaria comia-se mais nas festas e quando se cozia o pão de milho assava-se feijão e fazia-se o resto da farinha do pão de bolo com pé de torresmo que era muito bom. Também se assava abóbora, morangos que também se cozia para comer e em vez dos inhames ia para as matas apanhar serpentinas para comer cozidas, há muito mais que dava um livro

No vestuário não havia tanto como há hoje havia pouco e era caro e quando se rasgava roupa tinha-se que ir à costureira para arranjar com remendos de outras fazendas que se costurava no sítio que estava rasgado tudo isto porque o dinheiro era pouco.

O calçado também era pouco e havia muita gente que andava descalça, porque o calçado que havia era só para os domingos ir à missa e para dias de festas.
As raparigas que trabalhavam nas fabricas do tabaco, usavam galochas de madeira, porque o dinheiro não dava para mais e os homens era tamancos e os camponeses  eram botas de cano para cavar as terras.

As habitações eram feitas de pedra e eram baixas, o chão era de terra, as pessoas usavam capachos de vimes que serviam de tapetes para que as pessoas se pudessem sentar e fazer renda e as outras coisas com a luz do candeeiro a petróleo.
Os brinquedos eram feitos para as crianças eram feitos todos à mão. No que diz respeito às raparigas eram bonecas de pano dos retalhos de roupa e era as mães que os guardavam para depois fazer as bonecas.
Para os rapazes eram carroças de madeira ou de vimes e carrilhos de milho, faziam-se várias coisas tudo à mão.

Curiosidades: havia cinema ao ar livre e o campo de santana foi o nosso primeiro aeroporto.                                                          A Vida no Tempo Dos Meus Avós
      No tempo dos meus avós, durante a Ditadura Militar o seu vestuário era saias longas, camiseiros abotoados até ao pescoço, lenço, xaile, meias e os seus sapatos eram galochas.
       Os brinquedos das crianças eram bonecas feitas de folhas de milho, carros feitos do caroço das massarocas e também alguns carros feitos de canas.
      A sua alimentação era feita à base de sopas, legumes e peixe e só nos dias de festa havia alimentação mais variada.
       As casas eram pequenas, o chão era feito de terra, não havia casa de banho e se havia era fora de casa chamava-se retrete.
       Os jogos que se faziam eram o jogo da malha, o jogo das pedras, o pião…
       Naquele tempo a maioria das pessoas andavam a pé, porque havia poucos transportes e os poucos que havia eram carroças puxadas por animais de quatro patas.

O nome da minha avó é Maria De Lurdes Viveiros Couto e ela tem 75 (anos). 
Sofia, 6ºD


   Entrevista à avó:

1.    Quando era mais pequena como era o seu vestuário?

 R: Vestia uma saia com uma blusa e para a escola era uma bata branca e o calçado era uns sapatos que a segurança social dava castanhos.

2.    Quais os brinquedos que brincava?

 R: Não tínhamos brinquedos, brincávamos era com feichãozinhos pensando que era dinheiros, com massas, farinha para fazermos papas, cortávamos pedaços de roupas e cozíamos para fazer roupas às bonecas, crochê…

3.    Como era sua alimentação?

      R: Comíamos tudo caseiro, sopas, peixes, carnes, pão de milho feito no forno, matávamos porcos, galinhas…

4.    Fale-me um pouco do seu passado?

 R: Tínhamos mais respeito do que hoje em dia, namorar era só à janela, não saíamos de casa sozinhos, respeitávamos muito os nossos pais, as senhoras não fumavam. Naquela altura não tínhamos televisão, havia poucos automóveis. Não havia hipermercados nem modelos íamos era as lojinhas e para comprar era a peso 1 quilo, 2 quilos… Naquela altura para estudar usávamos era a luz da vela ou de candeeiro a petróleo púnhamos o petróleo dentro do candeeiro para ter luz de noite. Para passar a roupa era com um ferro a carvão no lume ficava vermelho e depois para dentro do ferro o calor era já era suficiente.

5.    O que achas da sociedade de hoje em dia e a do passado?

 R: Agora é mais desenvolvida não havia telemóveis e os telefones era só para os ricos, íamos a casa deles para fazer algum telefonema. Só havia bailes de Carnaval e festas do Espírito Santo.
                                                                 Mariana Garcia, 6º D 

Entrevista ao meu pai:

habitação: Não havia luz dentro de casa, não havia água e o chão da cozinha era terreiro. Em casa só havia 2 divisões. Um quarto e uma cozinha. Não havia fogão era o canto da chaminé ( lume de lenha) para cozinhar.

roupa: A roupa era muito pobre. As calças quando se rompiam eram remendadas e passavam de um filho para o outro. Se não servisse vestia-se mesmo como estava.

calçado: Muitas vezes andava-se descalço e se se tinha algum avô ou pai que soubesse fazer tamancos de madeira era isso que se usava.

alimentação: Era muito fraca. O pão era cozido em casa quando se podia cozer e era só uma vez por semana. Não havia frigorífico, o peixe era salgado e quanto muito escaldava-se o peixe e pendurava-se num arame para secar. Comia-se às vezes pão duro de 3 ou 4 dias . Um peixe (chicharro) dava para 2 pessoas comerem. Comia-se também muito bolo de sertã.

brinquedos: Os carrinhos eram carrilhos secos e latas de conserva. Carrinhos de costas feitos com cana verde ou madeira quando havia . Também se brincava com pneus de mota dando pauladas.

divertimentos: Brincava-se muito era no caminho às apanhadas, o jogo do pião, à barra, ao burro , aos berlindes e à bola feita de panos. Também se jogava às cartas.

curiosidades: Nós não gostávamos que ficasse de noite porque não havia luz e  tínhamos de nos deitar cedo porque nem sempre havia velas ou petróleo para o candeeiro. Os colchões eram feitos de folha de milho. Quando se ia para a escola usava-se uma malinha de mão se havia se não era num saco de plástico com um caderno, um lápis e uma borracha.
Mariana Lopes, 6º F

          No tempo da ditadura 

                                                                                                                     por Júlia, 6º D 


·Habitação:

No tempo da ditadura passava-se muitas necessidades, morava-se em casas muito pobres todas terreiras, e nem havia casas de banho, nós lavávamos numas bacias pequenas, dormíamos em colchões de folha em cima do chão.

·Alimentação:
Passávamos muita fome só se comia sopa e peixe, e era tudo feito em lume de lenha, e o pão era cozido em casa em fornos, quando a lenha estava verde custava muito a pegar, soprava-se o lume e as lágrimas corriam pela cara abaixo. Só ao domingo é que a sopa levava ossos de porco um bocadinho de morcela e chouriço.

· Vestuário:
Vestia-se muito mal e andava-se com os pés no chão, de inverno passava-se muito frio íamos para a escola com um bocado de xaile velho por cima de nós, porque não havia casacos nem suelas.

·Brinquedos:
 Não havia brinquedos a minha bisa avó fazia para a minha avó bonecas de pano, e os cabelos das bonecas eram feitos de barbas de milho.

. Brincadeiras
Brincava-se muito com as colegas às comadres fazíamos quartos de cama, onde deitávamos as nossas bonecas que eram as nossas filhas.

Apesar desta vida, havia muito mais amor do que hoje em dia, porque a necessidade faz crescer o amor, porque precisamos mais uns dos outros. 



O Alexandre Pereira do 6º F trouxe o álbum dos avós, mostrou à turma e contou que o avô que já faleceu esteve na guerra colonial...